PET : LENDAS E FATOS
Este trabalho foi baseado no debate sobre "Coleta e Reciclagem de Materiais:
“Caminhos para o Fluxo Reverso”, realizado em 23/10/08, na FIESP, durante a apresentação do 4º Censo da Reciclagem de PET no Brasil, promovido pela Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET).
Participaram do debate:
• Rodrigo Alberti da Econsciência – Sucateiro
• Eduardo Ferreira de Paula, Catador – Cooperativa
• Polita Gonçalves, Consultora de Coleta Seletiva
• André Vilhena, Presidente do CEMPRE
• Casemiro Pérsio de Carvalho, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
• Maria Helena Orth, especialista em Resíduos Sólidos da FIESP
• Adriano Assis, Revista Reciclagem Moderna
O Coordenador de Comunicação da ABIPET, Auri Marçon, iniciou o processo fazendo uma provocação para facilitar as discussões. No final houve interação do público com os debatedores.
BREVE RESUMO:
1- Introdução
Hoje, os discursos de temas relacionados ao Meio Ambiente, como também Reuso e Reciclagem, estão em franco desenvolvimento. No passado, as avaliações de meio ambiente eram fracionadas, ou seja, só se analisava uma parte dos impactos ambientais. Hoje, procura-se analisar o todo, sem esquecer o aquecimento global e o consumo de água principalmente. Assim os julgamentos têm evoluído e muitas vezes o que parecia verdade no passado tem nova verdade hoje. O lixo urbano, no Brasil, varia de região a região. Mas, grosso modo, sabemos que por volta de 60% do lixo é matéria orgânica. Os materiais de embalagem representam em torno de 5% do total do lixo. Números que seriam maiores se não houvesse a reciclagem Que varia de acordo com o tipo de material empregado.
Reciclagem de PET no Brasil - Macro Ambiente
Se todos os elos funcionarem bem, o sucesso da reciclagem é garantido. Os catadores independentes ou organizados em Cooperativas são os principais agentes do primeiro elo e são responsáveis em grande parte do segundo elo. Porém, na coleta e na separação estão o gargalo da reciclagem. Pouco mais que
5% das cidades têm coleta seletiva. O lixo urbano é responsabilidade das Prefeituras, que vem fechando os seus lixões a céu aberto e impedindo também a presença de catadores nos remanescentes, por medida de saúde pública. É, realmente, inaceitável permitir que pessoas possam circular livremente sobre o lixo. Mas, no caso de coleta de materiais recicláveis, não tem se colocado sistemas alternativos, como a coleta seletiva, ficando o lixo dentro de um sistema fechado onde se recolhe esses materiais junto com o resto do lixo e são diretamente depositados em aterros ou lixões. Essa prática contribui para reduzir a vida útil dos aterros sanitários e impede que haja coleta alternativa, reduzindo as chances de renda dos catadores e inviabilizando a reciclagem e reuso por parte da indústria. Portanto é fundamental o desenvolvimento das coletas alternativas, tais como cooperativas, ONG´s, Associações, Pontos de Entrega Voluntária e Locais de Entrega Voluntária, ente outras. , até para permitir o complemento de renda para os catadores.
Envolvem a comunidade, cultura ambiental, legislação, macro economia , juros, taxa cambial, tecnologia, forças de markting, resina PET virgem, outros plásticos,
Fontes de Materiais Recicláveis Demandam por Materiais Reciclados para :
COLETA, SEPARAÇÃO, PARQUE, INDUSTRIAL, (Reciclador), LOGÍSTICA REVERSA, PERFIL DA DEMANDA.
DEBATE CENSO DO PET/ 2007
A logística reversa também é afetada pelas longas distâncias que encarecem o produto reciclado. A necessidade de adensar/prensar para transportar aumenta o número de intermediários que têm um papel fundamental no terceiro elo. No quarto elo, temos as indústrias recicladoras que no Brasil já são em torno de 300 empresas produzindo flakes ou grãos, além das quase 60 empresas que consomem o PET reciclado. O parque industrial reciclador está em franco desenvolvimento, pois o mercado brasileiro conta com enorme potencial de crescimento, o que propicia o funcionamento dos outros elos. Hoje, a procura de PET reciclado por essas indústrias supera a oferta. Com isso, muitos projetos de uso de PET reciclado estão hoje engavetados à espera de uma melhoria na oferta.
O Brasil é o país que mais desenvolveu aplicações de PET reciclado. A ponto da reciclagem de PET ser um caso de sucesso, copiado por diversos países. E não utiliza todo seu potencial de consumo por uma falha no processo de coleta e destinação dos resíduos. Mesmo assim, os índices de reciclagem de PET no Brasil são fortemente atacados por pessoas que se aproveitam de um falso argumento ambiental para disfarçar os seus reais interesses comerciais.
ESTATÍSTICA DA RECICLAGEM DO PET:
1994----------19%
1995--------------------25%
1996--------- ----21%
1997-----16%
1998-------18
1999-----------20%
2000---------------------26%
2001--------------------------33%
2002----------------------------------35%
2003---------------------------------------43%
2004-----------------------------------------------47%
2005----------------------------------------- ------47%
2006---------------------------------------------------51%
2007-------------------------------------------------------53%
Também por desinformação ou má fé é dito que o que flutua nos rios é sempre o PET. De fato, em razão de fatores culturais e da carência de educação ambiental da população, bem como a insuficiente coleta de lixo que ocorre em muitos municípios, uma pequena parte de embalagens dos mais diversos materiais não recebe o destino adequado e acaba em locais indevidos, como ruas e rios, por exemplo. A partir daí, o formato e a boca estreita das embalagens favorecem o aprisionamento do ar, o que facilita a flutuabilidade, seja de qualquer material
Como fazer evoluir os fatores culturais e de educação das pessoas?
R.: Os catadores podem prestar um serviço inestimável para as prefeituras nos processos de coleta seletiva, bem como na motivação e educação ambiental da população a custo muito mais efetivo que campanhas de TV por exemplo.Para conscientização da População seria desejável também aulas de educação ambiental nas escolas. As crianças poderiam influenciar os adultos. Também o cidadão deveria ser motivado. Em Montevidéu, por exemplo, se recicla perto de 100%, pois a população é culturalmente preparada. No Brasil as experiências positivas se deram com vantagem financeira. O maior exemplo foi a troca de latas de alumínio por redução nas contas de luz em Campo Grande ou o
uso de carro a álcool pela economia. Uma idéia seria fazer do catador um elemento motivacional, onde ele daria um selo verde a um condomínio ou casa e estes teriam redução nos tributos municipais.
Como valorizar os produtos ambientalmente corretos?
R.: Também para motivar a reciclagem seria recomendável premiar quem está envolvido nesse processo, de cooperativas a indústrias recicladoras isentando de tributação chegando até os incentivos fiscais.
Se você pretende investir na reciclagem do PET e ao mesmo tempo ajudar o meio ambiente faça sua busca nos sites classificados e encontre, moinhos, prensa enfardadeiras , extrusoras, e maquinas para reciclagem do PET faça seu orçamentos. O planeta agradece.
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